Falsos Planos Coletivos: O que são e como afetam o seu bolso?

Falsos Planos Coletivos: O que são e como afetam o seu bolso?

Você sabia que muitos consumidores contratam um plano de saúde acreditando estar fazendo um bom negócio, mas na verdade estão caindo na armadilha dos chamados falsos planos coletivos?

Essa prática, infelizmente, é mais comum do que se imagina e traz sérias consequências para o seu bolso.

Na busca por mensalidades mais acessíveis, muitas pessoas acabam sendo levadas a contratar planos de saúde que são vendidos como “coletivos”, mas que, na prática, funcionam como se fossem planos individuais.

O problema é que esses planos, além de não oferecerem a real proteção jurídica de um plano coletivo legítimo, ainda permitem reajustes abusivos e até cancelamentos unilaterais por parte da operadora, deixando o consumidor desamparado.

Se você nunca ouviu falar sobre isso, este artigo é exatamente para você.

Como advogados especialistas em cobertura negada plano de saúde, vamos explicar o que são os falsos planos coletivos, como eles funcionam, como impactam diretamente o seu bolso.

Dá só uma olhada:

1. O que são os Falsos Planos Coletivos?

2. Exemplo de Falso Plano Coletivo: Entenda o que são e como funcionam.

3. Falsos Planos Coletivos: Como impactam o seu bolso?

4. Falsos Planos Coletivos: O que fazer?

5. Quais são os documentos necessários para entrar com uma Ação na Justiça?

6. Falsos Planos Coletivos: Quais são os seus direitos ao vencer uma Ação na Justiça?

Vamos entender tudo sobre esse tipo de plano que tem se tornado cada vez mais comum?

1. O que são os Falsos Planos Coletivos?

Os Falsos Planos Coletivos são contratos de planos de saúde que, apesar de formalmente serem classificados como planos coletivos empresariais ou por adesão, na prática funcionam como contratos individuais disfarçados.

Ou seja, o beneficiário contrata sozinho, mas a operadora usa artifícios para mascarar o contrato como coletivo, fugindo das regras mais rigorosas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) aplicáveis aos planos individuais.

Isso acontece geralmente porque a operadora incentiva o consumidor a abrir um CNPJ de fachada (como um MEI) ou inscrevê-lo em uma associação que não possui vínculo real.

Com isso, o plano passa a ser vendido com regras de plano coletivo, que permitem reajustes maiores e cancelamentos sem justificativa.

Quer um exemplo para entender melhor? É para já!

2. Exemplo de Falso Plano Coletivo: Entenda o que são e como funcionam.

Imagine que você, como beneficiário, deseja contratar um plano de saúde.

Um corretor ou a própria operadora oferece um plano coletivo empresarial, que costuma ter preços menores e regras diferentes.

Para isso, eles pedem que você abra um CNPJ de Microempreendedor Individual (MEI), mesmo que você não exerça nenhuma atividade comercial.

Com esse CNPJ, você “entra” como pessoa jurídica em um plano coletivo empresarial.

Ou, então, você é convidado a aderir a um plano coletivo por meio de uma associação que, na verdade, não tem qualquer relação real com você, servindo apenas para “formalizar” o contrato.

Na prática, você está sozinho nesse plano, sem os benefícios que planos coletivos legítimos têm, como a negociação em grupo e maior estabilidade no contrato.

Ficou mais claro com esse exemplo?

Se você não sabe que está em um falso plano coletivo, pode acabar pagando mais caro e tendo menos proteção do que imagina.

Além disso, quando a operadora cancelar o plano ou aumentar o preço de forma abusiva, será mais difícil recorrer e garantir seus direitos.

3. Falsos Planos Coletivos: Como impactam o seu bolso?

Vejamos como os falsos Planos Coletivos impactam o seu bolso:

1. Reajustes abusivos e frequentes

Nos falsos planos coletivos, as operadoras podem aplicar aumentos de preços muito maiores do que os permitidos para planos individuais. Isso porque, na prática, esses planos fogem das regras rígidas de reajustes dos planos individuais e permitem reajustes maiores, pesando diretamente no seu bolso.

2. Cancelamento facilitado pela operadora

Diferente dos planos individuais, que só podem ser cancelados em casos específicos, os falsos planos coletivos permitem que a operadora cancele seu plano a qualquer momento, sem necessidade de justificar ou avisar com antecedência adequada. Isso pode deixar você desamparado e ainda com despesas médicas inesperadas.

3. Falta de transparência e dificuldades na comunicação

Esses planos costumam trazer contratos complexos, com informações pouco claras, dificultando a compreensão sobre seus direitos, valores cobrados e coberturas oferecidas. Isso dificulta a tomada de decisões conscientes e pode levar a gastos extras que você não esperava.

4. Cobertura limitada e negativas indevidas

Operadoras que oferecem falsos planos coletivos podem negar procedimentos, exames ou tratamentos alegando cláusulas contratuais específicas, que não estariam presentes em um plano individual legítimo.

Ou seja, mesmo pagando, você pode não ter acesso ao tratamento necessário, o que pode gerar gastos extras com atendimento particular.

5. Custos ocultos e cobranças extras

Por conta da falta de regulamentação clara e da estrutura do falso plano coletivo, você pode ser surpreendido com cobranças extras, coparticipações abusivas ou reajustes que não refletem o aumento real dos custos do plano, mas sim uma manobra da operadora para aumentar o faturamento.

A principal questão é que o consumidor acha que está contratando um plano coletivo legítimo, com condições estáveis e vantagens, mas acaba preso a um contrato que oferece menos garantias e mais riscos financeiros. Isso gera insegurança, gastos inesperados e a sensação de falta de proteção quando mais se precisa.

Nessa situação, o mais indicado é buscar o auxílio de um bom advogados especialistas em cobertura negada plano de saúde.

4. Falsos Planos Coletivos: O que fazer?

Se você descobriu que possui um falso plano coletivo de saúde, provavelmente está preocupado com o que fazer a seguir e como proteger seus direitos.

Muitos não sabem o que significa estar nessa situação e como agir para evitar prejuízos financeiros e garantir a cobertura necessária.

O primeiro passo é buscar o auxílio de um advogado

Quando falamos em falso plano coletivo, estamos diante de um problema que envolve contratos complexos, regras específicas da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e práticas que podem ser ilegais ou abusivas.

Por isso, o primeiro passo é procurar um advogado que seja especialista em direito à saúde e em cobertura negada por planos de saúde.

Esse profissional tem conhecimento técnico para analisar seu contrato, identificar irregularidades e orientar você sobre seus direitos.

Além disso, um advogados especialistas em cobertura negada plano de saúde sabe quais são os melhores caminhos para buscar soluções, evitando que você perca tempo e dinheiro.

Por falar nisso...

Por que o advogado deve ser especialista?

Nem todo advogado está preparado para lidar com casos de planos de saúde, ainda mais quando envolve falso plano coletivo.

A experiência em direito médico e direito à saúde permite que o advogado conheça as leis, resoluções da ANS, jurisprudência dos tribunais e práticas abusivas comuns nesse mercado.

Assim, o advogado poderá identificar com precisão se o plano que você possui é realmente um falso plano coletivo e quais medidas tomar para garantir que você não sofra com reajustes abusivos, cancelamentos indevidos ou negativas de cobertura.

Como o advogado pode ajudar?

Se houver abusos, o advogado poderá ingressar com uma ação judicial contra a operadora do plano de saúde para defender seus direitos.

Essa ação tem como objetivo proteger você de práticas ilegais e garantir a manutenção do seu plano nas condições corretas.

5. Quais são os documentos necessários para entrar com uma Ação na Justiça?

Antes de entrar com uma ação, é fundamental reunir alguns documentos que serão a base para comprovar a sua situação.

Esses documentos são essenciais para que o advogado consiga demonstrar para o juiz que você foi colocado em um contrato coletivo de forma irregular e que está sofrendo prejuízos com isso.

Confira a papelada que você vai precisar:

Documentos pessoais

O primeiro passo é reunir seus documentos pessoais. São eles:

Documento de identidade: RG ou CNH;

CPF;

● Comprovante de residência atualizado.

Esses documentos são fundamentais para identificação na ação judicial.

Documentos do plano de saúde

Aqui estão os documentos mais importantes do seu plano de saúde.

Eles são essenciais para que possamos analisar o contrato e identificar se ele realmente se trata de um falso plano coletivo.

Veja quais são:

Contrato do plano de saúde: É o documento que formaliza a sua adesão ao plano. Ele pode ter sido enviado por e-mail, entregue em papel ou disponibilizado no site da operadora ou da administradora do plano;

● Proposta de adesão: É o formulário que você preencheu quando contratou o plano. Nele devem constar dados seus e da suposta associação ou entidade que viabilizou o plano coletivo;

Cópia da carteirinha do plano de saúde: Serve para identificação do seu vínculo com a operadora;

● Boletos de pagamento e comprovantes: Todos os boletos e recibos de pagamento do plano, especialmente se houver aumentos abusivos de valores. Isso ajuda a comprovar o histórico de reajustes e os prejuízos que você sofreu;

● Correspondências, e-mails ou mensagens: Qualquer comunicação que você tenha recebido da operadora, especialmente notificações de reajustes, ameaças de cancelamento, atualizações contratuais ou negativas de atendimento;

● Tabela de valores ou histórico de reajustes: Se você tiver, é importante apresentar a tabela de preços aplicada ao longo dos anos, mostrando como os valores aumentaram de forma desproporcional.

Documentos da suposta associação ou entidade

Muitos falsos planos coletivos são vendidos através de associações, sindicatos ou entidades que, na prática, você nem conhece ou nunca teve vínculo real.

Se você recebeu algum desses documentos no momento da contratação, eles são muito relevantes:

● Contrato ou termo de adesão à associação ou entidade;

● Estatuto ou qualquer material informativo da entidade;

● Comprovantes de pagamento de mensalidade ou taxa para essa associação: Se existirem;

● E-mails, propostas ou materiais que comprovem a exigência de adesão à entidade como condição para contratar o plano.

Comprovação dos prejuízos

Se você sofreu algum prejuízo além dos reajustes, como negativa de cobertura, cancelamento do plano, despesas médicas que teve que pagar por conta própria ou até agravamento da sua saúde por conta do problema, é muito importante reunir:

● Recibos ou notas fiscais de consultas, exames ou internações que você teve que pagar;

● Laudos médicos que comprovem sua necessidade de tratamentos ou procedimentos que foram negados;

● Relatórios médicos que indiquem qualquer agravamento da sua saúde;

● E-mails ou protocolos de atendimentos em que o plano se recusou a fornecer cobertura.

Conversas, protocolos e provas extras

Guarde qualquer prova adicional que ajude a demonstrar como você foi induzido a contratar um plano coletivo de forma indevida.

Isso inclui:

● Prints de conversas por WhatsApp com o corretor ou a administradora;

● Protocolos de atendimento telefônico;

● Gravações de ligações: Se tiver;

Qualquer documento que mostre que você foi informado, na época da contratação, que era um “plano coletivo por adesão”, mesmo sendo, na prática, um contrato individual disfarçado.

Esses são os documentos que não podem faltar.

O seu advogado de confiança irá analisar o seu caso de forma assertiva para juntar todas as provas necessárias.

6. Falsos Planos Coletivos: Quais são os seus direitos ao vencer uma Ação na Justiça?

Quando a justiça reconhece que aquele plano coletivo, na verdade, é um plano individual disfarçado, o consumidor conquista vários direitos importantes.

Vamos conhecer cada um desses direitos?

1. Reconhecimento do Contrato Como Plano Individual

O primeiro grande direito que você conquista ao vencer a ação é que o seu contrato deixa de ser considerado um plano coletivo e passa a ser reconhecido como plano individual.

Isso significa que passam a valer todas as regras específicas dos planos individuais, que são muito mais protetivas para o consumidor.

As operadoras não podem mais aplicar as mesmas práticas abusivas que costumam usar nos contratos coletivos.

2. Fim dos Reajustes Abusivos

Um dos maiores problemas dos falsos planos coletivos são os reajustes altíssimos e descontrolados, que muitas vezes dobram ou triplicam o valor da mensalidade de um ano para outro, principalmente quando a pessoa envelhece ou quando o grupo de usuários é pequeno.

Ao ter seu contrato convertido em plano individual, o reajuste passa a ser regulado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).

Ou seja, o aumento anual só pode seguir o limite autorizado pela ANS, que é aplicado a todos os planos individuais no país.

Isso representa, na prática, um enorme alívio no bolso, trazendo previsibilidade, segurança e proteção contra abusos.

3. Proibição de Cancelamento Unilateral

Outra grande vantagem: ao vencer a ação, a operadora não pode mais cancelar seu plano de forma unilateral, como costuma acontecer nos falsos planos coletivos.

No plano individual, a lei protege o consumidor.

A operadora só pode rescindir o contrato em duas situações bem específicas:

● Por fraude comprovada;

● Por falta de pagamento (após aviso prévio).

Fora isso, o plano deve permanecer ativo, independentemente da sua idade, do uso que você faz dele ou do seu estado de saúde.

4. Devolução de Valores Pagos Indevidamente

Se, durante os anos em que você esteve no falso plano coletivo, foram aplicados reajustes abusivos e você pagou valores muito acima do que deveria, é possível, na mesma ação, pedir a devolução desses valores pagos a mais.

Dependendo do caso, a devolução pode ser feita de duas formas:

Devolução em dobro: Se ficar comprovado que houve má-fé da operadora;

Devolução simples: Com correção monetária e juros, se não ficar configurada a má-fé.

O juiz irá analisar a diferença entre o que foi pago e o que deveria ter sido pago se o contrato fosse corretamente tratado como plano individual.

5. Indenização Por Danos Morais

Quando o consumidor sofre com práticas abusivas, como reajustes exorbitantes, risco de cancelamento, insegurança, angústia e até agravamento da saúde por não conseguir arcar com o plano ou enfrentar negativas, a justiça pode reconhecer que houve dano moral.

Assim, é possível receber uma indenização por danos morais, que serve como uma compensação pelos transtornos, sofrimento e insegurança que você passou por culpa da conduta da operadora.

O valor dessa indenização varia de acordo com cada caso, levando em conta fatores como:

● Tempo de sofrimento;

● Idade do consumidor;

● Condições de saúde;

● Gravidade dos prejuízos sofridos;

● Capacidade econômica da operadora.

6. Garantia da Continuidade do Atendimento e dos Tratamentos

Ao vencer a ação, o consumidor também garante que todos os tratamentos médicos, internações, cirurgias, exames e procedimentos continuarão sendo cobertos, conforme as regras do plano.

Isso significa que a operadora não poderá suspender nenhum atendimento por conta da ação, muito menos rescindir o contrato após a decisão.

Você mantém seu plano funcionando normalmente, com a proteção legal de um plano individual.

7. Segurança Jurídica e Proteção Para o Futuro

Por fim, vencer uma ação contra o falso plano coletivo traz não só benefícios imediatos, como também garante proteção e segurança jurídica para o futuro.

Você não precisará mais viver com medo de que a operadora aumente sua mensalidade de forma descontrolada ou cancele seu plano a qualquer momento. Seus direitos ficam assegurados, e você poderá manter sua assistência médica sem surpresas desagradáveis.

Viu só quantos direitos?

Mas, para tanto, é crucial contar com um advogado especialista em cobertura negada plano de saúde.

Conclusão

Você chegou até aqui e agora já sabe que o falso plano coletivo é uma prática abusiva, que afeta diretamente o seu bolso e coloca em risco a sua segurança e o seu acesso à saúde.

Infelizmente, muitas operadoras de plano de saúde usam esse tipo de contrato para fugir das regras dos planos individuais, aplicando reajustes altíssimos e, em muitos casos, até cancelando o plano quando mais se precisa dele.

Diante disso, é fundamental saber que você não precisa aceitar essa situação.

Felizmente, você está mais preparado para ir em busca de seus direitos.

Afinal, só aqui nós mostramos:

● O que são os falsos planos coletivos

● Exemplo de Falso Plano Coletivo: Entenda o que são e como funcionam

● Falsos Planos Coletivos: Como impactam o seu bolso

● Falsos Planos Coletivos: O que fazer

● Quais são os documentos necessários para entrar com uma Ação na Justiça

● Falsos Planos Coletivos: Quais são os seus direitos ao vencer uma Ação na Justiça

O mais importante é você entender que há solução.

Você tem direitos, e eles precisam ser respeitados.

E contar com um advogado especialista em cobertura negada plano de saúde faz toda a diferença para que você tenha segurança, tranquilidade e acesso à saúde de forma justa e protegida.

Se você desconfia que está em um falso plano coletivo ou já está sofrendo com aumentos abusivos ou ameaças de cancelamento, estamos aqui para ajudar.

Leia também:

 Reajuste Abusivo: Como pedir de volta seu dinheiro na Justiça passo a passo.

Plano Coletivo Empresarial com reajuste abusivo: O que fazer?

O plano de saúde aumentou demais? Saiba como contestar reajustes abusivos.

Até o próximo conteúdo. 

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