A gestão financeira de uma clínica médica depende essencialmente de uma boa administração tributária. Estar em conformidade com o Fisco é fundamental para manter a regularidade da empresa e evitar penalidades.
Embora o pagamento de impostos seja obrigatório, existem estratégias para economizar. A principal delas é escolher o regime tributário adequado para a sua clínica.
Além disso, há benefícios fiscais específicos para o setor de saúde que muitos gestores desconhecem.
Se você está começando uma clínica ou deseja entender melhor sobre impostos, os principais tributos são:
• IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica) ou IRPF (Imposto de Renda de Pessoa Física)
• CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido)
• COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social)
• ISS (Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza)
É essencial estar atento às variações no seu negócio para evitar erros. O ISS é cobrado pelos municípios, enquanto os outros impostos são de responsabilidade do Governo Federal. Além disso, o INSS está relacionado diretamente aos salários dos colaboradores.
Seja para um médico iniciante ou uma clínica estabelecida, as dúvidas sobre tributação são comuns. Fique atento aos prazos para evitar multas e despesas adicionais.
Estudos recentes mostram que clínicas médicas muitas vezes pagam mais impostos do que deveriam. Por exemplo, o IRPJ para clínicas pode chegar a 32% do faturamento, enquanto para hospitais é apenas 8%.
Não existe um regime tributário "ideal", mas sim o que melhor se adequa à realidade da sua clínica. Analisar variáveis como o porte da empresa e o faturamento é crucial para uma escolha acertada.
Com um bom planejamento tributário, você pode escolher o regime que proporciona maior economia. É possível mudar de regime no início de cada ano fiscal, permitindo ajustes conforme o crescimento da clínica.
Existem três regimes tributários que você pode escolher:
• Simples Nacional
Menores alíquotas e simplicidade no recolhimento de impostos com o DAS.
Requisitos: faturamento anual até R$ 4,8 milhões e ser uma microempresa ou pequena empresa.
Alíquota varia de 4% a 33%.
• Lucro Presumido
Receita Federal presume uma porcentagem do faturamento como lucro.
Requisito: faturamento não superior a R$ 78 milhões.
Alíquotas variam de 1,6% a 32%.
• Lucro Real
Apuração baseada nos lucros efetivos da empresa.
Requisito: faturamento anual superior a R$ 78 milhões.
Existem leis que concedem benefícios fiscais para empresas de serviços de saúde. No entanto, a burocracia faz com que muitos gestores desconheçam ou desistam de utilizar esses benefícios. É crucial contar com um especialista jurídico de confiança para navegar pelas regras estabelecidas pela ANVISA.
A bitributação é outro desafio. A clínica pode emitir uma nota fiscal para o valor recebido e, quando os profissionais também emitem suas notas, o imposto pode ser pago duas vezes. Controlar a tributação de perto é fundamental para evitar esses problemas.
• Investir em Consultoria Especializada
Contratar uma assessoria contábil e jurídica especializada libera o médico e o gestor para focarem no atendimento aos pacientes e evita riscos de gestão inadequada.
• Utilizar Ferramentas de Gestão Clínica
Existem recursos e ferramentas que ajudam a organizar e controlar os impostos e tributos da clínica.
• Planejamento Tributário
Realizar um planejamento tributário com um jurídico especializado no setor da saúde pode garantir a saúde fiscal da clínica e reduzir os custos.
A implementação dessas práticas pode ajudar a sua clínica a economizar e se manter em conformidade com as obrigações fiscais.