Larotrectinibe, comercialmente conhecido como Vitrakvi, é um medicamento utilizado no tratamento de tumores sólidos que apresentam fusão no gene NTRK, independentemente do local de origem do câncer, incluindo casos em que a doença já se espalhou para outros tecidos ou não possui alternativas terapêuticas satisfatórias.
Devido ao seu elevado custo, muitos pacientes enfrentam dificuldades para obtê-lo, recorrendo frequentemente a ações judiciais para garantir seu acesso.
O Larotrectinibe é indicado para o tratamento de várias condições, incluindo:
● Sarcoma de partes moles com fusão do gene NTRK: Trata tumores nos tecidos moles do corpo, impedindo seu crescimento em pacientes com essa alteração genética.
● Câncer de tireoide avançado: Auxilia no controle do tumor em pacientes com fusão do gene NTRK e sem outras opções eficazes de tratamento.
● Câncer de cólon metastático com fusão NTRK: Atua na redução do crescimento tumoral em pacientes cujo câncer de cólon já se espalhou e apresenta essa mutação genética.
● Glioma de alto grau: Inibe a progressão do tumor cerebral em pacientes com fusão do gene NTRK, especialmente quando a cirurgia não é uma opção viável.
● Neuroblastoma resistente ao tratamento: Pode ser utilizado para conter o avanço desse câncer pediátrico quando associado a alterações no gene NTRK.
Essas indicações são respaldadas por estudos clínicos e aprovações regulatórias, conforme detalhado na bula oficial do medicamento.
Devido ao elevado custo do Larotrectinibe (Vitrakiv) muitos pacientes buscam seu fornecimento através do Sistema Único de Saúde (SUS) ou planos de saúde privados. No entanto, é comum enfrentarem negativas, seja pela ausência do medicamento nas listas oficiais de dispensação do SUS ou por restrições impostas pelos planos de saúde.
Em situações onde há recusa no fornecimento, os pacientes podem recorrer ao judiciário para garantir o acesso ao tratamento. Decisões judiciais têm frequentemente determinado que tanto o SUS quanto os planos de saúde forneçam o Larotrectinibe (Vitrakiv) quando comprovada a necessidade médica e a ausência de alternativas terapêuticas eficazes.
Uma liminar é uma decisão judicial provisória concedida no início de um processo, destinada a assegurar um direito urgente que, se não atendido de imediato, pode resultar em dano irreparável ou de difícil reparação. No contexto de fornecimento de medicamentos como o Larotrectinibe (Vitrakiv) a liminar pode ser solicitada para que o SUS ou o plano de saúde forneça o medicamento antes da conclusão definitiva do processo.
Para obter uma liminar, é necessário:
● Relatório Médico Detalhado: Documento que ateste a necessidade urgente do medicamento, a ineficácia de outros tratamentos e os riscos à saúde sem o uso do Larotrectinibe (Vitrakiv)
● Comprovação da Negativa: Prova de que o SUS ou o plano de saúde recusou o fornecimento do medicamento.
● Assistência Jurídica Especializada: Um advogado especializado em direito à saúde pode elaborar o pedido de liminar fundamentado para ser apresentado ao juiz.
A liminar, se concedida, obriga o SUS ou o plano de saúde a fornecer o medicamento imediatamente, mesmo que o processo principal ainda esteja em andamento.
Sim, há diversas decisões judiciais favoráveis ao fornecimento do Larotrectinibe (Vitrakiv).
Vejamos:
Se o SUS ou o plano de saúde não cumprir a liminar, é possível:
● Comunicar o Descumprimento ao Juiz: Informar ao juiz responsável pelo caso sobre o não cumprimento da liminar.
● Solicitar a Aplicação de Multa: Pedir ao juiz que imponha uma multa diária pelo descumprimento da ordem judicial.
● Requerer Medidas Coercitivas: Solicitar outras medidas que obriguem o cumprimento, como o bloqueio de valores das contas do ente público ou do plano de saúde para a aquisição do medicamento.
É fundamental contar com o apoio de um advogado especialista em cobertura negada para tomar as medidas legais cabíveis e garantir o cumprimento da decisão judicial.
O Larotrectinibe (Vitrakiv) é um medicamento essencial no tratamento de tumores sólidos com fusão do gene NTRK, oferecendo uma opção terapêutica eficaz para pacientes com essa mutação genética.
Seu uso pode proporcionar melhor qualidade de vida e aumentar as chances de controle da doença, especialmente em casos avançados ou sem alternativas terapêuticas satisfatórias
Diante dos desafios para seu acesso, é crucial que os pacientes estejam cientes de seus direitos e busquem orientação jurídica adequada para garantir o tratamento necessário.
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