Lazertinib, comercialmente conhecido como Lazcluze, é um medicamento utilizado no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células (CPNPC) que se espalhou para tecidos próximos ou outras partes do corpo.
Ele atua bloqueando a atividade de proteínas responsáveis pelo crescimento descontrolado das células cancerígenas.
Devido ao seu elevado custo, muitos pacientes enfrentam dificuldades para obtê-lo, recorrendo frequentemente a ações judiciais para garantir seu acesso.
O Lazertinib é indicado para o tratamento de várias condições, incluindo:
● Câncer de pulmão de não pequenas células metastático: Inibe o crescimento do tumor em pacientes cujo câncer já se espalhou para outras partes do corpo.
● Câncer de pulmão de não pequenas células com mutação EGFR: Atua diretamente em pacientes com alterações no gene EGFR, reduzindo a progressão da doença.
● Câncer de pulmão resistente a outros inibidores de EGFR: É eficaz em casos onde o paciente já utilizou outras terapias-alvo para EGFR e desenvolveu resistência.
● Câncer de pulmão avançado com metástase cerebral: O medicamento tem alta penetração na barreira hematoencefálica, sendo uma opção para pacientes com metástases no cérebro.
Essas indicações são respaldadas por estudos clínicos e aprovações regulatórias, conforme detalhado na bula oficial do medicamento.
Devido ao elevado custo do Lazertinib (Lazcluze)muitos pacientes buscam seu fornecimento através do Sistema Único de Saúde (SUS) ou planos de saúde privados. No entanto, é comum enfrentarem negativas, seja pela ausência do medicamento nas listas oficiais de dispensação do SUS ou por restrições impostas pelos planos de saúde.
Em situações onde há recusa no fornecimento, os pacientes podem recorrer ao judiciário para garantir o acesso ao tratamento. Decisões judiciais têm frequentemente determinado que tanto o SUS quanto os planos de saúde forneçam o Lazertinib (Lazcluze) quando comprovada a necessidade médica e a ausência de alternativas terapêuticas eficazes.
Uma liminar é uma decisão judicial provisória concedida no início de um processo, destinada a assegurar um direito urgente que, se não atendido de imediato, pode resultar em dano irreparável ou de difícil reparação. No contexto de fornecimento de medicamentos como o Lazertinib (Lazcluze) a liminar pode ser solicitada para que o SUS ou o plano de saúde forneça o medicamento antes da conclusão definitiva do processo.
Para obter uma liminar, é necessário:
● Relatório Médico Detalhado: Documento que ateste a necessidade urgente do medicamento, a ineficácia de outros tratamentos e os riscos à saúde sem o uso do Lazertinib (Lazcluze)
● Comprovação da Negativa: Prova de que o SUS ou o plano de saúde recusou o fornecimento do medicamento.
● Assistência Jurídica Especializada: Um advogado especializado em direito à saúde pode elaborar o pedido de liminar fundamentado para ser apresentado ao juiz.
A liminar, se concedida, obriga o SUS ou o plano de saúde a fornecer o medicamento imediatamente, mesmo que o processo principal ainda esteja em andamento.
Sim, há diversas decisões judiciais favoráveis ao fornecimento do Lazertinib (Lazcluze)
Vejamos:
O SUS ou Plano de Saúde não quer cumprir a liminar, o que fazer?
Se o SUS ou o plano de saúde não cumprir a liminar, é possível:
● Comunicar o Descumprimento ao Juiz: Informar ao juiz responsável pelo caso sobre o não cumprimento da liminar.
● Solicitar a Aplicação de Multa: Pedir ao juiz que imponha uma multa diária pelo descumprimento da ordem judicial.
● Requerer Medidas Coercitivas: Solicitar outras medidas que obriguem o cumprimento, como o bloqueio de valores das contas do ente público ou do plano de saúde para a aquisição do medicamento.
É fundamental contar com o apoio de um advogado especialista em cobertura negada para tomar as medidas legais cabíveis e garantir o cumprimento da decisão judicial.
O Lazertinib (Lazcluze) é um medicamento essencial no tratamento do câncer de pulmão de não pequenas células, especialmente para pacientes com mutação no gene EGFR. Seu uso pode trazer mais qualidade de vida e prolongar a sobrevida dos pacientes.
Diante dos desafios para seu acesso, é crucial que os pacientes estejam cientes de seus direitos e busquem orientação jurídica adequada para garantir o tratamento necessário.
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